“Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres.” Tiago 4:3
No ano de 2011, ao ir para o Concílio da Divisão Sul-Americana em Foz do Iguaçu, aproveitei para comprar uns presentinhos para a família, lembrando-me dos pedidos e preferências de cada um. Levando em consideração o gosto do meu filho por produtos da Apple, comprei algo simples desta marca. Em casa, minha esposa ia preparando o terreno do coração dos filhos para receberem o que o pai estava trazendo; e descobriu que aquilo que eu havia comprado para o meu filho era justamente o que ele não gostaria de ganhar – mesmo sendo da Apple – porque era algo muito simples aos seus olhos. Creio que você pode imaginar a minha frustração… Teria que agir de alguma forma para tentar reverter a situação.
Chegando em casa, todos estavam felizes com a minha chegada, mas também ansiosos por seus presentes. Então, entreguei o perfume da mãe, o binóculo da filha e uma squeeze para o filho. Enquanto a mãe e a filha estavam felizes e satisfeitas com seus presentes, era nítida a tristeza e a frustração do meu filho, mas ainda assim, engolindo seco, ele conseguiu me dizer: “Obrigado”. Não levei nem uma semana para entregar o presente que lhe havia comprado, mas foi o tempo suficiente para que ele estivesse pronto para receber com alegria o que eu tinha para lhe dar.
Será que em nossa vida também não agimos assim com Deus? Ele tem planos e bênçãos maravilhosas para nós, e quantas vezes nós somos privados desses planos e bênçãos pelo simples fato de fazermos tantas exigências em relação ao nosso trabalho, nosso chamado, nossas preferências e assim por diante?
“Deus deseja que os planos do Céu sejam postos em execução, e que a divina ordem e harmonia celestial prevaleçam em cada família, em cada igreja, em cada instituição. Fosse este amor deixado a fermentar a sociedade, e veríamos a operação de nobres princípios em refinamento e cortesia cristãs e em caridade cristã para com a aquisição do sangue de Cristo. Ver-se-ia uma transformação espiritual em todas as nossas famílias, em nossas instituições, em nossas igrejas. Quando esta transformação tiver lugar, todas as agências tornar-se-ão instrumentalidades pelas quais Deus repartirá luz do Céu ao mundo e assim, mediante divina educação e disciplina, capacitará homens e mulheres para a sociedade do Céu” (O Lar Adventista, p. 535).
Que possamos estar abertos para entender e receber com alegria os planos que Deus tem para nós, e, assim, nossos momentos felizes serão bem mais constantes em nossa caminhada rumo ao Lar.
Pastor Matson S. Santana
