A desgraça do marketing religioso


Quem sai ganhando são eles -- os que fazem propaganda de seus nomes e de suas igrejas. Quem sai perdendo é Jesus Cristo e o evangelho.

Poucos não cometem essa barbaridade. Um deles foi João Batista, aquele que, de todos os homens que já nasceram, é o maior, segundo Jesus (Mt 11.11). Ele disse: “Eu sou o amigo do noivo [Jesus], e estou cheio de alegria com o sucesso dele. Ele deve tornar-se cada vez maior, e eu devo diminuir cada vez mais” (Jo 3.29-30).

Outro exemplo notável é o de Joabe, comandante em chefe das tropas de Davi. Ele cercou uma cidade inimiga e faltava apenas tomar posse dela. Porém, ele mandou chamar o rei e disse-lhe: “Reúna agora o resto dos seus soldados e o senhor ataque a cidade e tome-a. Eu não quero ficar com a glória dessa vitória” (2Sm 12.28).

É cada vez mais difícil imitar aqueles 24 anciãos de Apocalipse que se ajoelharam diante do Cordeiro e lhe atiraram as suas coroas, proclamando: “Tu és digno de receber glória, honra e poder” (Ap 4.10-11).


Nota do Editor

Tenho aprendido em leituras (e quantas e excelentes!!!) e em aulas e seminários com os grandes mestres mundiais do Marketing e/ou da Comunicação Mercadológica que isso longe de constituir-se em “coisa do diabo”, “maldição” ou “engano de Satanás” pode ser revertido em pura bênção para a Igreja, para os fiéis e para a pregação do evangelho e salvação de almas. Estas estratégias do Marketing só resultam em maldição e desgraça quando o “espírito babilônico” (ver Daniel 4:30-37) assume o comando e, no lugar do Deus justo, santo, grandioso e soberano, vemos entronizado e exaltado o ser humano pecador, medíocre, vil e corrupto. O espírito que sempre moveu os fiéis cristãos em todas as épocas e, certamente, os conduzirá até o final da História é este: “[...] quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (I Coríntios 10:31). Quando músicos, cantores e cantoras “religiosos” querem ser tratados como os astros do rock – fazem exigências absurdas para as suas apresentações, cobram somas altíssimas de cachê, fazem exibicionismos vocais, apresentam-se com aparência e indumentária que nada tem a ver com o estilo de vida de um fiel cristão, etc. – e buscam os holofotes focando a glória sobre si, vendendo uma imagem profana e secular, esse “marketing religioso” com certeza não está a serviço de Deus! Quando pregadores, apresentadores, cantores, evangelistas e outros profissionais de “programas religiosos” de TV diante das câmeras se exibem – pensando e/ou dando a entender que é por seus próprios atributos pessoais e carisma que estão atraindo e magnetizando as pessoas, considerando-se as “estrelas” e “vedetes”, dando um “show”, com certeza esse “marketing religioso” não está a serviço de Deus! Quando cantores, pastores, líderes religiosos, apresentadores e evangelistas andam cercados de guarda-costas e repelem o contato com o povo, com certeza esse “marketing religioso” não está a serviço de Deus! É preciso colocarmos na cabeça de uma vez por todas: Jesus, unicamente, deve ser o centro de nossas atenções! Jesus, unicamente, deve ocupar os nossos pensamentos! Jesus, e nenhum outro, deve ser reverenciado! Esta é a regra de fé e prática para os fiéis cristãos de todas as épocas.