Quantos líderes cristãos estão construindo seus próprios reinos, e não o de Deus? Então, mais uma vez, o que eles estão orando pode ser bom e bíblico – uma congregação crescente, um prédio maior para a igreja, melhores sedes para sua organização ou campus – mas seu motivo ao orar é louvor, fama e glória para si mesmos.
Entretanto, Jesus em Sua oração-modelo de Mateus 6, ao ensinar Seus seguidores a orar, foi muito explícito sobre de quem é o reino que precisa ser construído: “Pai nosso… venha o Teu reino… na terra como no céu” (v. 9-10, o grifo é meu).
Numa grande igreja, aparentemente bem-sucedida, na qual dei um seminário, diversos membros comentaram tristemente comigo: “Mas não há poder”. Por quê? Talvez fosse porque seu pastor, muito talentoso, estivesse construindo não o reino de Deus e Sua glória, mas seu próprio reino e sua própria reputação.
Este amor pela proeminência, posição sobre os outros, e a construção do próprio reino em vez do de Deus já parecia ser um problema no primeiro século. Em 3 João, o apóstolo falou que precisava expor Diótrefes porque ele amava ser o primeiro entre as pessoas e se recusava a reconhecer João, para não ter sua própria posição de autoridade contestada.
Inclinamo-nos a achar que essa motivação errada existe somente nos ministérios grandes e famosos; entretanto, ela pode ser igualmente verdadeira ou até mesmo mais verdadeira nas igrejas e organizações pequenas e que enfrentam dificuldades. Numa tentativa desesperada de provar sua importância, essas igrejas podem recorrer à construção do seu próprio reino em vez do de Deus.
É possível que estejamos enganando a nós mesmos, bem como a outras pessoas, sobre nossos motivos para orar – mas nunca a Deus. Ele tem consciência de todas as nossas atitudes e motivos ocultos – muitas vezes irreconhecidos até mesmo por nós.
Não são apenas as nossas palavras que se elevam a Deus em oração, mas os nossos motivos também. Deus olha no íntimo e nossos motivos são tão óbvios para Ele quanto as palavras que dizemos. “E todas as igrejas conhecerão que Eu Sou aquele que sonda mente e coração” (Ap 2:23).
Orar pelo motivo errado, então, é orar qualquer coisa a que Deus tenha de responder “não” porque, embora talvez voa em si mesma, o motivo que nos leva a pedi-la é “esbanjarmos em nossos prazeres” (Tg 4:3). (Escrito por Evelyn Christenson)
Ore: “Querido Pai, por favor, sonda o meu coração para descobrir meus motivos errados, mesmo nas boas coisas pelas quais oro. Purifica-me, ó Deus, e mantém-me sempre edificando o Teu reino, não o meu”.
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