Síntese do capítulo 8 do livro Reavivamento "Verdadeiro" EGW
Pr. Fabiano M. Capeletti
Necessitamos entender mais claramente o que está em jogo no grande conflito em que nos achamos empenhados. Precisamos compreender com mais plenitude o valor das verdades da Palavra de Deus, e o perigo de permitir que nosso espírito seja delas desviado pelo grande enganador.
O pecado tem degradado as faculdades do ser humano. Como foi completo o sacrifício feito em nosso favor, assim deve ser a nossa restauração do aviltamento do pecado. Nenhum ato de impiedade será desculpado pela lei de Deus; Injustiça alguma lhe pode escapar à condenação. A ética do evangelho não reconhece nenhuma norma senão a perfeição do caráter divino.
A formação do caráter não é obra de um dia, nem de um ano, mas de uma existência. Sem contínuo esforço e atividade constante, não pode haver progresso nem ganho da coroa da vitória. Num momento, por uma ação precipitada, impensada, podemos lançar-nos sob o poder do mal; requer, pois mais que um momento o quebrar as cadeias e atingir a uma vida mais santa. Não podemos estar despercebidos nem por um momento. Se chegássemos ao fim da vida com nossa obra por fazer, isso importaria perda eterna.
A vida do apóstolo Paulo foi de constante conflito com o próprio eu. Ele disse: “Dia após dia, morro” (1 Coríntios 15:31) suas vontades e seus desejos lutavam cada dia com o dever e a vontade de Deus. Em vez de seguir a inclinação, ele fazia a vontade de Deus, Embora crucificando a própria natureza.
A vida cristã é uma batalha e uma marcha. Todos têm de se empenhar nessa luta; nenhuma outra pessoa pode combater os nossos combates. A integridade cristã deve ser buscada com irresistível energia, e mantida com resoluta definição de propósito.
Não temos tempo a perder. Não sabemos quão pronto seremos chamados a abandonar o mundo e todos os seus interesses. Estende-se diante de nós a eternidade. A cortina está a ponto de se erguer. Estamos nós preparados?
O maior perigo do ser humano está em enganar a si mesmo, em condescender com a presunção, separando-se assim de Deus, a fonte de sua força. A menos que nos ponhamos em ligação vital com Deus, não poderemos resistir aos profanos efeitos da satisfação própria, do amor a nós mesmos e da tentação para pecar.
Devemos desviar-nos de mil assuntos que nos convidam a tentação. Há assuntos que nos consomem tempo e suscitam indagações, mas acabam em nada. Precisamos sentir nossa responsabilidade de proporcionar alimento que nutra e incentive a vida espiritual.
Muitos há que, detendo-se demasiadamente na teoria, tem perdido de vista o poder vivo do exemplo do Salvador. O conhecimento de Deus e de Jesus expresso no caráter é uma exaltação superior a tudo mais que se estime na terra e no céu. É a suprema educação. É a chave que abre as portas da cidade celestial. Deus designa que todos quanto se revestem de Cristo possuam este conhecimento.
